sábado, 25 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POEMA - VENTOS


Um cisco
O primeiro sinal
Do temporal


Era pra dimensionar
Pesar – e sopesar
Aqueles indícios veementes
Embora – um ventinho
Afugentava as folhas secas
Batia e batia
Dos olhos ao coração repetia
Quando não soprava – pedia
Era um ventinho...

Num dia – sem data
Ventou mais – e ventou mais
Como venta agora
Como venta peito afora...

Vento – que só não leva o tempo...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POEMA - SOLIDÃO



Resta a
Impressão que
Vem solidão


Solidão – deveras
Por eras
Por vidas
Solidão amiga
Onde a vida se abriga
Genuína
Poesia peregrina
Companheira intestina
Que alucina
Amansa a sina
Afrouxa na penicilina
Desatina
Solidão – deveras
Por vidas
Por eras
A solidão que impõe
Uma missão – ilusão
Na solidão – deveras
Tanta a espera
Aquela espera
Espera aí –
E o silêncio? Triste hera!

sábado, 18 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - OUTRO VERSO


 
Um verso pleno!
Onde? Como? Quando?
Um verso pra fechar a conta!

Escrever
Se atrever
Antever
Prescrever
Sair por aí
A fazer versos
Como se fosse
Um poeta
Um poeta
Um poeta
Um poeta
Acredito
Eu acredito
E lá vai outro verso
Outro reflexo
Meus amplexos
Meus complexos
Lá vai outro complexo
Pra perder a conta
E fazer de conta
E fechar a conta
Lá vai – outro verso...


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Carro: o cigarro do século 21?



http://envolverde.com.br/saude/carro-o-cigarro-seculo-21/

Até pouco tempo incontestável, o automóvel já não ocupa mais o mesmo lugar no imaginário das pessoas.
Muita gente talvez não concorde. Pode ser também que exista uma dose de exagero na afirmação. Ou será que não? O certo é que temos observado um inédito questionamento ao império do automóvel.

POETRIX VIRA POESIA - ÚLTIMO TRAGO



Quero igual
Canção decorada
Dose batizada

Do teu jeito
Quando quiser
O mesmo verso
O mesmo adeus

Do teu jeito
Como quiser
A mesma espera
A dor sincera

Do teu jeito
Se quiser
O último trago
Antes que a luz acabe

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - TAÇA VAZIA



                                 imagens Google

Minha lucidez
Fantasma cego
Negação do ego


O que transparece
E se evidencia
Assusta meu dia
Assusta minha razão

Taça vazia

Pega pela mão
Arrasta – me testa
Sem que saiba
Ganhei a aposta

Já não basta a alegria
Nem resolve a ventania
Que revolve
Desequilibra a aliança
E denuncia a íntima

A última mudança

domingo, 12 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - PAIXÃO



Paixão intensa
Como prender a respiração
Mas ao contrário


A coisa transborda
Conspira
No olho da mina
Na ponta da corda

No sentido oposto
É o bem – é o mal
Que não termina
Num simples final

(E quando acorda
Percebe –
Que o sonho transborda
Para a vida real)

sábado, 11 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - TATUAGEM



Acordei
Com o sonho
Tatuado na pele!


Ainda indelével
O sonho resiste
Atenta contra a prudência

O sonho tinge o destino
Com suas cores desconhecidas

E marca meu peito
Para que
Quando eu despertar
Na minha realidade amanhecida
Eu ainda saiba...   



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - SINA


Sina marginal
Sobrevida à margem
Saudade e coisa e tal...


Saudade vira sina
O poeta ensina

A sobrevida
Do silêncio – à margem
Do silêncio – sem coragem
Do silêncio – pura bobagem

Saudade repetida
Resignada – qualquer nada

Saudade intransigente
Uma barbaridade

Saudade caminho
Eterno espinho

A sobrevida
Do sonho – decorado
Do sonho – limitado
Do sonho – programado

Saudade vira sina
O poeta ensina

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - TEU OLHAR




Na tua presença
Tudo fenece
Resta o instinto...


Ainda me choca
O que o teu olhar provoca

Olhar que desata
O que no meu coração
Não tem data
O que no meu coração
Salva e mata

Ainda me choca
O que o teu olhar provoca

Olhar sem receio
E que submete a razão
Sempre um meio
E que submete a razão
Um copo cheio

Ainda me choca
O que o teu olhar provoca

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - CHINELO TORTO



Tudo perfeito
Ele – o eleito
Ela – cheia de jeito!


São nossos os papéis
O teu trejeito
Todo jeito – perfeito
Meu peito – desfeito
Eu vejo por este viés
Meu chinelo torto
Meu conforto
Eu absorto – meu porto
São nossos votos fiéis
No amor – que destoa
Na vida – da boa
Tanto que agora ressoa
Na minha – na tua pessoa!

domingo, 5 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - VENTO INTERIOR



No peito
Tem um vento
Já faz tempo


O tempo não esconde
Não sei onde
Não sei como
Não sei a fonte

O tempo não me esconde
Não reajo
Não invejo
Não sei onde

No peito – já faz tempo
Tem um estranho
Perdido do rebanho
Um estranho
Um cara sem tamanho
A beira do estanho

Tempo que venta triste
Venta norte
Venta a morte
Vento velho sem tempo
Venta no peito
Nosso destino suspeito

sábado, 4 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - INSTANTÂNEOS



Outra poesia
Reflexo da palavra
Que o poeta desconhecia!


Pequenos milagres
Erupções
Do encéfalo ardente
Palavra pungente
Digo – versos lancinantes
Palavra irrefletida
Digo – versos delirantes
Coisa de um instante
Coisa deste instante!


                                                                  imagem Google           
                                                                      

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A ousadia de Mujica



http://www.cartacapital.com.br/revista/779/a-ousadia-de-mujica-1404.html/view

"Quando a notícia sobre a legalização apareceu nas agências internacionais, surgiram as primeiras reações contrárias na vizinhança. No Peru, especialistas temiam que a liberação aumentasse a produção de drogas no país de Ollanta Humala. Segundo levantamentos de especialistas, a maconha a ser produzida pelo sistema estatal uruguaio não daria para cobrir nem a metade da demanda de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “O Uruguai, minúsculo em população, pode funcionar como um ‘país-laboratório’ perfeito. O potencial impacto negativo para os países vizinhos, se vier a acontecer, deverá ter proporções muito pequenas”, opina o psiquiatra Luís Fernando Tófoli, professor da Unicamp. “Ao se colocar em perspectiva o tamanho do passo dado na direção de poupar as vidas perdidas na guerra contra o tráfico, é um risco que vale a pena ser corrido.”

POETRIX VIRA POESIA - INSTINTO SILENTE


O instinto
Tinge de vida
O papel silencioso!


Restará vida
Silenciosa vida
No verso
Que não vinga

Bastará um verbo
A dobrar o instinto
Um sujeito – um objeto
A negar o instinto
Teu voto – teu veto
A esvaecer o instinto

E haverá o verso
No silêncio – na vida
Haverá sempre o verso
No olhar que escolhe
No abraço que acolhe
Haverá outro verso
E outro e outro verso...


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

POETRIX VIRA POESIA - FANTASIA



Ela – a última
Aventura
No mundo da lua


A fantasia é um vício
Um bicho
Danado e cheio de princípios
Fantasiava você
Fantasiava a vida
Fantasiava o dia – a hora
Achava uma aventura
Aquela loucura
Menino – num voo de ruptura
Menino – sem mais demora
Achava uma beleza
Aquela certeza
Que também era – fantasia
Coisa que esvazia
Quando amanhece o dia...