Nos meus versos quero destilar
A poesia viva de Augusto dos Anjos,
Dissecar cada célula de cada palavra
Na química de um verso alucinado
Nos meus versos quero mergulhar
Nos sonhos mitológicos de Borges
E devorar as palavras até os ossos
Com minhas mandíbulas profanas
Nos meus versos quero lutar
Pela lucidez genuína de Neruda
E coser cada um deles com as ervas
Colhidas no caminho da liberdade
Nos últimos versos quero abusar
Da insatisfação de Leminski
E, num verso impassível e completo,
Relatar o fim dessa aventura...
Do poeta, que não sou, apraz-me a tentativa!
Sentimentos Indecifráveis pg. 81
em versos, apenas nós e os laços na estrada...
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